
Associação de Moradores de Paraisópolis
Enrico Varo Ortiz Neiva - Isabela Alves da Costa
Kaliny Stürmer Barboza - Thiago Antonio Tomé de Oliveira
Entrevista
Entrevista com GIlson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio, na qual os moradores consideram o prefeito de Paraisópolis.
Como surgiu

A favela de Paraisópolis era inicialmente uma grande fazenda, que mesmo após leiloada continuava vazia, pois os compradores dos lotes não ocuparam o espaço. Conforme o tempo foi passando, trabalhadores da região começaram a se instalar lá. As características de favela ficaram mais evidentes a partir dos anos 60, ano em que o local recebeu muitos imigrantes de Pernambuco e da Bahia. Na década de 80 a região começou a ser fortemente ameaçada de remoção pelo governo, e foi nesse momento que a população se uniu e formou a União de Moradores de Paraisópolis, que após tal mobilização conquistou água e energia elétrica para a favela.
O que defende
A União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis é uma organização representativa dos moradores da comunidade de Paraisópolis, que busca criar um ambiente favorável àqueles que nasceram na favela, propondo uma ajuda coletiva entre os moradores e ONGs afiliadas.
“Paraisópolis e outras favelas, infelizmente, foram abandonadas durante muito tempo. Vamos fazer 99 anos agora. São 99 anos de abandono nos quais não foram aplicadas políticas públicas para que os moradores pudessem se desenvolver. Já que o Governo não faz nada, nós, moradores, estamos nos unindo para transformar essa realidade”, diz Gilson Rodrigues, presidente da União dos Moradores e do Comércio, na qual os moradores consideram o prefeito de Paraisópolis.
Possuem, por exemplo, o Fórum Multientidades de Paraisópolis, que congrega as ONGs do bairro desde 1994. São cerca de 25 entidades que operam em rede, com reuniões mensais nas diversas organizações em sistema de rodízio, objetivando fortalecer as iniciativas populares em Paraisópolis e os esforços para melhoria da qualidade de vida na região. Não tem filiação política, religiosa ou comercial.
A organização busca, portanto, articular e integrar ações em rede que contribuam para a melhoria da qualidade de vida na comunidade como um todo.